Nadja
R$ 82,00
Descrição
André Breton
Nadja
“‘Quem vem lá?’. És tu, Nadja? É verdade que o além, todo o além esteja nesta vida? Não te ouço. Quem vem lá? Serei eu apenas? Serei eu mesmo?”. Com uma narrativa única e de beleza convulsiva, “Nadja”, a grande obra de André Breton, é considerada a pedra de toque do movimento surrealista.
A presente edição traz a última versão da tradução de Ivo Barroso. Além de ser impressa em capa dura, com cuidadoso projeto gráfico, conta ainda com uma extensa fortuna crítica, com textos de Georges Sebbag, Marcus Rogério Salgado e Alex Januário.
A centelha que originou o livro foi o encontro fortuito de André Breton e Léona Delcourt (1902-1941) no IXe arrondissement da cidade de Paris em 4 de outubro de 1926. Publicado entre o primeiro e o segundo “Manifestos do surrealismo”, “Nadja” elabora os conceitos e fundamentos mais sensíveis do movimento.
As imagens que acompanham o texto – fotos de Breton, Nadja e seus companheiros surrealistas, prédios, praças e monumentos parisienses, e desenhos de Léona Delcourt – possuem “um poder alucinatório, que as relacionam à matéria visual de um sonho”, recusando, assim, um tom descritivo pedante e exaustivo. Ao contrário, “Aguçadas pela narração e as reflexões de Breton, elas ainda parecem cheias de vida; parecem pulsar desde o momento exato em que eclodiram, desde o instante mesmo em que foram reveladas. São os clarões de duração que persistem para sempre”, conforme nos diz Sebbag.
“Eu sou a alma errante”, diz Nadja, uma mulher libertária e inclassificável, com seus olhos de avenca e seu enigma de esfinge que permanecem convulsivamente vivos até hoje.
André Breton (1896-1966) foi um poeta e escritor nascido em Tinchebray, na França. Criou com Louis Aragon e Philippe Soupault a revista “Littérature” em 1919. Ao lado de Soupault publica “Les Champs magnétiques” (1920), obra em que exercitam a escrita automática. Juntou em torno de si o grupo de artistas e poetas que deu origem ao movimento surrealista, do qual foi fundador junto de Louis Aragon, Paul Éluard, René Crevel, Michel Leiris, Philippe Soupault, Robert Desnos e Benjamin Péret. É autor do “Manifesto do Surrealismo” (1924), do “Segundo manifesto” (1930), e de “Prolegómenos a um terceiro manifesto ou não” (1942), além de diversas obras poéticas, como “Nadja” (1928), “O amor louco” (1937), “Arcano 17” (1944), entre outros, tendo dirigido e editado diversas revistas do movimento surrealista. Foi um dos intelectuais mais atuantes do século XX, opondo-se a todo tipo de autoritarismo. Manteve contato com artistas no mundo todo, espalhando a chama revolucionária do surrealismo durante toda sua vida.
Ficha técnica
Título: Nadja
Autor: André Breton
Tradução: Ivo Barroso
Fortuna crítica: Georges Sebbag, Marcus Rogério Salgado e Alex Januário
Ilustração: Léona Delcourt (Nadja), Man Ray, Jacques-André Boiffard, Henri Manuel, André Bouin, Pablo Volta, Valentine Hugo.
Projeto gráfico: Flávia Castanheira
Encadernação: Capa dura
Número de páginas: 184
Formato: 14,5 x 21,8 cm
ISBN: 9786587451107
Preço: R$ 82,00
Ano da publicação: 2022